Enquanto eu refletia a ideia da Comunicação Acolhedora, eu entendi que ela precisa de três princípios para funcionar: a Intenção, a Interpretação e a Iniciativa. Aqui vamos focar no primeiro deles. 

O primeiro princípio é o que está no seu coração. Ou seja, a Intenção diz respeito ao que a gente sente, sobre o que a gente acredita. No caso de empresas, esse ponto mora nos valores da organização.

Apesar de parecer uma ideia muito utópica, eu acredito que é muito valioso transformar nossas próprias realidades, e ser mais acolhedores nas nossas próprias relações. Todo mundo precisa ser acolhido, e isso é um âmbito em que podemos atuar. 

Sendo assim, vamos falar mais sobre alguns passos e atitudes importantes para que a gente comece a nossa microrrevolução. 

1) Bandeira branca: nem todo mundo é seu inimigo. 

Estamos precisando urgentemente de uma bandeira branca, uma mudança nas nossas atitudes com o outro. Atualmente, agimos como se tudo estivesse sempre contra nós. 

Mas está na hora de entender que nem todo mundo é seu inimigo. 

Criamos uma cultura muito complicada em nossa rotina, onde o principal objetivo do que falamos é estar certo. Além disso, constrangemos qualquer um que ouse errar, sempre olhando de cima para julgar as suas falhas. 

Por isso, precisamos separar o que é erro, e o que é maldade. Por isso, precisamos nos desarmar e buscar refletir sobre a informação antes de contra-atacar para nos sentirmos superiores.

2) Tá triste? “Poxa, não fica assim”

Quantas vezes você já disse, ou até mesmo ouviu isso? 

É muito comum dar essa resposta quando estamos com alguém que não está se sentindo muito bem. Mas, afinal, qual é o sentido dessa frase? 

Nos acostumamos a viver em um mundo fechado, apesar de nos orgulharmos de construir ambientes de trabalhos baseados na confiança. Estamos sempre aguardando o “tudo bem, e você?”, quando perguntamos se uma pessoa está bem

Por que não podemos não estar bem? Somos humanos, e esquecemos de nos permitir estarmos tristes. 

Precisamos abrir espaço para o sentimento realmente existir, da mesma forma que devemos estar preparados para acolher o que nos é dito. Ouvir com atenção. Ouvir com humanidade. 

3) A diversidade é fundamental

Entender que somos todos únicos e diferentes, e que está tudo bem assim, é e sempre foi uma das maiores dificuldades dos seres humanos. 

Desde que nós nos entendemos como gente, estamos lutando contra o que é estranho. E, em geral, o principal combustível para esse comportamento é o medo.

Mas a verdade é que a diversidade traz coisas lindas. Quando pessoas diferentes se envolvem em um projeto, de forma colaborativa, as chances do resultado final ser melhor é maior. 

Visões diversas trazem criatividade, resiliência e, principalmente, respeito. 

4) A reputação é mais importante que o lucro

Veja bem, longe de mim ser contra o dinheiro. É que além de ser uma postura positiva para nossa realidade, valorizar a reputação de uma empresa é muito mais sustentável para atrair bons resultados a médio e longo prazo. 

Não podemos colocar o dinheiro antes da nossa reputação. Assim como nossa imagem pode aproximar pessoas e nos fazer viver uma vida longa e com pessoas especiais, ela também pode nos deixar sozinhos. 

Assim como a reputação de uma empresa pode ajudá-la a prosperar, ela também pode fadá-la ao fracasso. 

Na Intenção, não importa se o copo está meio cheio ou meio vazio.

O que importa é o copo como um todo. As coisas não são binárias, não é só sobre estar cheio ou vazio. Às vezes pode estar cheio, vazio, ou até quebrado. 

Decisões binárias não estão nos levando a bons destinos.

Aqui, no Princípio da Intenção, vamos abrir nossos olhos, nossos ouvidos e nosso coração para compreender o outro. Esse processo se inicia ouvindo com atenção o que as pessoas têm a dizer, sem achar que elas são nossas inimigas e criando um ambiente aberto às emoções, tão naturais ao ser humano.

Quando aceitamos a diversidade, estamos promovendo um mundo mais interessante, baseado na confiança. Com isso, nossa reputação pode aproximar ainda mais as pessoas, baseado no acolhimento.  

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